Testo presentato all'inaugurazione dell'esposizione collettiva GENTE "Pessoas"
allo spazio espositivo AgarArte - Lisbona, Venerdì 20 Novembre 2015.
L'intervento di Simone Faresin è tramite:
una installazione, affissione foto digitali stampate su carta da manifesto,
distribuzione gratuita del testo.
“UM PAÍS CORTADO EM
FATIAS” de Simone Faresin. (A seguire versione.it)
Versão para a exposição “Pessoas” em AgarArte.
Arranja um tempo, um bom pedaço dele, lê e nutre-te.
Cada dia encenamos a nossa existência, somos atores e realizadores.
Luz, câmara, ação!
Boa à primeira,
também porque a vida não admite ensaios.
Pumba! No entanto o Tempo leva consigo outra fatia,
um corte limpo e exato, certinho
como a contínua corrida entre a hora e o ponteiro.
Cada dia assistimos o ouvimos falar de atos que nos parecem surreais,
mas para alguém é só uma operação comercial,
um risco calculado, um negócio que não pode correr mal.
Transições // Ações de transito.
Corto uma fatia de tempo para mim // dou um passeio de Martim Moniz
ao Chiado, ao longo do percurso do E28, o meu fio condutor.
Apercebo-me que recortando as imagens molduradas entre os fios do elétrico
nascem novas formas, padrões urbanos: “A cidade cortada em fatias”.
Porquê penso nos cortes?
É por causa daquilo
que aconteceu ontem na cozinha?
O por aquilo que se está a passar há anos, com esta crise?